O Que Fazer e Não Fazer Quando Tocar Suas Próprias Músicas

O Que Fazer e Não Fazer Quando Tocar Suas Próprias Músicas

Um Post Convidado por Songwriting Scene, Tradução por Cecy Ayumi

Seja você um cantor-compositor em tour ou apenas alguém que toca regularmente e escreve músicas principalmente para seu próprio prazer, é muito provável que já tenha tido a oportunidade de apresentar seu trabalho autoral pra uma platéia.

Embora tenha composto suas canções com muito zelo, quanto você refletiu em como apresentá-las a um público? Eu perguntei para os caras no Songwriting Scene Facebook Page  sobre seus maiores incômodos quando vêem outros compositores se apresentando. Tiveram algumas discordâncias, mas alguns pontos pacíficos foram:

1. Não se desculpe.

É fácil se sentir inseguro quando está tocando algo que compôs, que veio lá do fundo da seu coração. Óbvio que é um lugar vulnerável. Mesmo assim sua música vai sair bem melhor se você estiver confiante. Por exemplo, pessoas que fazem um “préfácio” antes de cantar, algo como “Essa é novíssima, eu nem sei tocar direito ainda” me deixam muito incomodado. Ou Erin Friedman , residente no norte da califórnia diz que não gosta quando as pessoas dizem “Espero que gostem”. Isso transborda insegurança!

E Christine Stay, de um duo de Greenville, SC chamado Friction Farm diz “Se você toca covers e autorais e não introduz os covers por favor não diga ‘Esta é uma autoral’ como se estivesse pedindo desculpas”. Lembre-se, seu público pode adorar ouvir algo além dos covers que já ouviram um milhão de vezes. “Autoral” não quer dizer “Inferior”.

2.  Não explique o significado de todas as músicas

Se você tem uma história interessante por trás de uma de suas músicas, maravilha. Se contar a história bem, melhor ainda! Mas é desnecessário começar todas as suas músicas com um “Essa daqui é sobre…”

De acordo com o scenester (alguém que se identifica fortemente com um estilo ou gênero específico) do Brooklyn Mark Allen Berube: “A não ser que seja uma história realmente interessante eu não ligo quando-onde-como-porquê você escreveu a música. Eu só quero ouví-la. Vou julgar baseado apenas nisso”.

3. Por outro lado, também não fique em silêncio absoluto entre uma música e outra.

“Silêncio entre as músicas também não é algo legal” diz Berube. “Você precisa se comunicar com a platéia”. Você não improvisa muito bem? É tímido e introvertido e quer só ficar olhando pro violão? Pratique comentários divertidos. Vá lá, qualquer um consegue pensar em uma ou duas frases e olhar diretamente pro público de vez em quando. Eles vão gostar, eu prometo.

4. Se comprometa a tocar dando o tudo de si

A emoção que você expressa quando se apresenta pode atrair a platéia, diz o cantor-compositor residente em Jersey  Scott Wolfson. “Então faça uma performance de verdade – mesmo que as pessoas não conheçam a música, sua emoção pode contagiá-las”, ele explica. “Se você gosta do que está fazendo, há grandes chances dos outros gostarem também”.

5. Certifique-se de que o seu instrumento está pronto pra ser usado.

“Certifique-se que de o capo está na casa certa!” diz a analista da cena compositora Olivia Schwartz. Esse é um ótimo conselho – e não esqueça de ver se sua guitarra ou violão está afinado, que você tem a folha com a letra se ainda não a decorou, e se tudo está ligado na caixa..

6. Divirta-se!

Não há dúvidas que apresentar uma música própria é um desafio, maior até do que cantar sua música favorita dos Beatles. Mas faça-o por prazer… isso é 99.9% da razão de se propor a isso, certo? Outra analista da cena compositora, Debra Elliott, concorda: “Simplesmente faça e divirta-se, isso deveria te fazer feliz… se não faz, porque está fazendo?”

Porque Nossas Vozes Soam Diferentes Para Nós e os Outros?

Porque Nossas Vozes Soam Diferentes Para Nós e os Outros?  

Matt Soniak

Tradução: Cecy Ayumi

A leitora Cristah escreveu para perguntar: “Porque nossas vozes soam diferentes para nós e para outras pessoas?” E Jenny perguntou no Facebook, “Porque odiamos o som da nossa própria voz?”

Para muitos de nós, há poucas coisas mais dolorosas que ouvir uma gravação de nossas próprias vozes. Elas não soam como achamos que deveriam soar. Elas são menores, mais agudas e simplesmente erradas. Entretanto a fita (ou o mp3) não mentem, e a maneira como pensamos que deveríamos soar não é realmente como os outros nos escutam. Esse é um truque cruel que ocorre por causa das formas que o som viaja no nosso ouvido interno.

Todo som que ouvimos – passarinhos cantando, abelhas zunindo, pessoas conversando e gravações – é uma onda de pressão se movendo através do ar. Nossos ouvidos externos captam essas ondas e as afunilam dentro de nossas cabeças através do canal auditivo. Elas então atingem nossos tímpanos, que começam a vibrar e essas vibrações então viajam para o ouvido interno, onde são traduzidas em sinais que podem ser enviados pelo nervo auditivo até o cérebro para serem interpretados.

GOOD VIBRATIONS

O ouvido interno não é estimulado apenas por sons externos vindo através do canal auricular. Ele também é estimulado por vibrações acontecendo dentro do corpo, e é uma combinação dessas duas coisas que formam o som que você escuta quando você fala.

Ao falar, vibrações das suas cordas vocais ressoam na sua garganta e na sua boca, e algumas são transmitidas e conduzidas pelos ossos no seu pescoço e cabeça. O ouvido interno responde a elas assim como responderia a qualquer outra vibração, transformando-as em sinais elétricos e enviando-as para o cérebro. Quando você fala, seu ouvido interno é estimulado tanto por vibrações internas nos seus ossos e pelo som que sai pela boca e viaja do ar até seus ouvidos externos.

Essa combinação de vibrações vindo até o ouvido interno por dois caminhos diferentes dá à sua voz (como você normalmente a escuta) um caráter único que a outros sons viajando “só pelo ar” não têm. Seus ossos evidenciam particularmente as frequências mais baixas, o que dá à sua voz interna uma qualidade mais grave, mais cheia que você sente falta quando escuta a gravação.

 

Quantas Horas Por Dia Você Deveria Praticar?

Por Dr. Noa Kageyama – Tradução Cecy Ayumi

2 horas? 4 horas? 8 horas? 12 horas?

Quanto é o suficiente?

Dá pra “praticar em excesso”?

Existe um número otimizado de horas que deveríamos praticar?

O Que Dizem os Performers?

 

Alguns dos maiores artistas do século 20 tem compartilhado suas idéias sobre isso. Lembro-me de ter lido uma entrevista com Rubinstein anos atrás em que ele dizia que ninguém deveria ter que praticar mais de quatro horas por dia, explicando que se alguém precisasse praticar mais que isso provavelmente estaria fazendo isso da maneira errada.

Outros grandes artistas expressaram sentimentos parecidos. Conta-se que o violinista Nathan Milstein perguntou uma vez ao seu professor Leopold Auer quantas horas por dia ele deveria praticar. Auer respondeu: “Pratique com seus dedos e você precisará do dia todo. Pratique com sua mente e você fará o mesmo em 1h e meia.”

Heifetz também indica que ele nunca acreditou em praticar demais, e que a prática excessiva “é tão ruim quanto praticar pouco”! Ele declarava não praticar mais que três horas por dia em média, e que ele não praticava nada aos Domingos. Sabe, esta não é uma má idéia – um dos meus próprios professores, Donald Weilerstein, sugeriu uma vez que eu estabelecesse um período de 24h toda semana em que eu estava proibido de pegar meu instrumento.

O Que Dizem os Psicólogos?

Quando se trata de compreender expertise e performance de nível expert o psicólogo Dr. K. Anders Ericsson é provavelmente a autoridade líder no mundo. Sua pesquisa é a base para a “regra das 10 jardas” e a “regra das 10,000 horas”, que sugere que são necessários pelo menos 10 anos ou 10,000 horas de prática deliberada para atingir o nível expert em um determinado campo – e no caso dos músicos, frequentemente perto de 25 anos para chegar um nível de elite internacional. Note que o principal aqui não é a quantidade de prática necessária (já que o número exato de horas é discutível) mas o tipo de prática necessária para conseguir tal nível de performance. Em outras palavras, apenas praticar de qualquer maneira convencional  não resolve.

Prática “Impensada”

 

Você já escutou alguém praticando? E já escutou a si mesmo praticando? Grave você praticando por uma hora, fique andando e escutando seus colegas na área de prática onde estuda ou peça para seus amigos fingirem que estão sozinhos em casa enquanto os assiste praticar. O que você percebe?

Você vai ver que a maioria pratica de forma impensada, realizando mera repetição (“pratique esse trecho 3 vezes” ou “pratique essa peça por 30 minutos”) ou praticam no piloto automático (isso é quando tocamos a peça inteira até ouvirmos algo que não gostamos, paramos, e continuamos a tocar até ouvir outra coisa com a qual não estamos satisfeitos, quando então começamos todo o processo novamente). Há três principais problemas com esse tipo de prática.

1. É uma perda de tempo

  • Porque? Primeiro pois o aprendizado é muito pouco produtivo quando estudamos dessa forma. É assim que praticamos uma peça por horas, dias ou semanas e ainda sim não sentimos que melhoramos muito. Pior ainda, você pode estar cavando o próprio buraco ao fazer isso porque o que esse método de prática faz é fortalecer erros e hábitos indesejáveis, fazendo com que seja provável que você estrague as coisas com mais consistência no futuro. Isso também torna o processo de correção muito mais difícil – e você estará somando horas extras de prática futura que precisará para eliminar esses hábitos e tendências. Uma vez trabalhei com um professor de saxofone que gostava de lembrar seus alunos que “Prática não leva à perfeição, prática leva à permanência”

2. Te deixa menos confiante

Praticar assim fere a sua confiança já que há um parte em você que percebe que você não sabe como produzir consistentemente os resultados espera. Mesmo que você tenha uma boa taxa de sucesso nas partes difíceis utilizando a prática impensada e descobrir que pode acertar 3 ou 4 em cada 5 tentativas, sua auto-confiança não muda muito. Uma confiança real para o palco vem de (a) ser capaz de acertar 10 em cada 10 tentavias, (b) saber que isso não foi uma coincidência e que você pode fazer as coisas da forma correta quando necessário, porque, mais importante de tudo, ( c) você sabe exatamente porquê erra ou acerta – em outras palavras você sabe exatamente o que precisa fazer, de um ponto de vista técnico, para tocar a passagem perfeitamente todas as vezes.

Você pode  até não ser capaz de tocar ela perfeitamente todas as vezes no começo, mas é para isso que existe a repetição – para reforçar os hábitos corretos até que eles estejam mais fortes que os maus hábitos. É um pouco como tentar deixar crescer um belo gramado. Ao invés de lutar uma batalha sem fim contra as ervas-daninhas, seu tempo é melhor aproveitado tentando cultivar a grama para que, com o tempo, esta cresça bem mais que as ervas.

E aqui está a grande notícia. Tendemos a praticar inconscientemente, e então acabamos tentando fazer performances conscientes – uma fórmula não muito boa para o sucesso. Lembre-se com esse artigo que você tem a tendência a passar para um estado hiper-analítico dominado pelo lado esquerdo do cérebro assim que pisa no palco. Bom, se grande parte da sua prática foi inconsciente, você na verdade não saberá como tocar sua peça de acordo com demandas da circunstância. Seu cérebro repentinamente muda para um estado super-consciente e você acaba desesperado porque não sabe que instruções dar para ele neste estado.

3. É chato e tedioso

Praticar de forma impensada é uma tarefa. Tocar música deve ser uma das únicas atividades baseadas em habilidades em que os objetivos da prática são medidos em unidades de tempo. Todos tivemos professores que dizem para irmos pra casa e praticarmos certo trecho por x vezes, ou para praticarmos por x horas, certo? O que realmente precisamos são objetivos com resultados mais específicos – tal como “pratique tal passagem até soar ______”, ou “pratique essa passagem até você descobrir como fazer ela soar ______”. Afinal de contas não importa realmente quanto tempo passamos praticando algo – Apenas que saibamos como produzir os resultados desejados, e que possamos fazer isso consistentemente de acordo com nossas necessidades.

Prática Deliberada

Então o que é uma prática deliberada, refletida? Prática deliberada é uma atividade sistemática e altamente estruturada que é, digamos, por falta de um termo melhor, científica. Ao invés de tentativa e erro impensados, ela é um processo de experimentação ativo e reflexivo com objetivos e hipoteses claras. O violinista Paul Kantor disse uma vez que a sala de estudos deveria ser como um laboratório, onde alguém pode brincar livremente com diferentes idéias, musicais e técnicas, para ver qual combinação de ingredientes produz o resultado que você está procurando.

A prática deliberada é muitas vezes lenta e envolve a repetição de seções pequenas e bem específicas do repertório ao invés de apenas tocar a peça inteira (um exemplo seria trabalhar apenas com a nota de abertura do seu solo para ter certeza que ele comunica exatamente o que você quer, ao invés de passar a frase de abertura inteira).

Ela também envolve monitorar uma performance (seja ao vivo ou através de gravações), continuamente procurando por novas maneiras de melhorar. Isso significa que é preciso realmente escutar o que acontece para que possa dizer exatamente o que deu errado. Por exemplo, a primeira nota desafinou? Com pouco ou muito volume? Foi muito agressiva? Muito curta? Muito longa?

Digamos que a nota desafinou para cima e foi muito longa, e que o ataque não foi forte suficiente. Bom, quanto você desafinou? Pouco? Muito? Quanto tempo a nota soou mais do que deveria ? Quanto mais ataque queria?

Ok, a nota ficou só um pouquinho aguda, um pouquinho mais longa do que deveria, e precisava de um ataque muito mais claro para que fosse consistente com o que era pedido. Então, porque é que a nota ficou aguda? O que você fez? O que você precisa fazer para ter certeza de que ela estará perfeitamente afinada todas as vezes? Como você garante que a duração será exatamente a que você quer e como você consegue um ataque claro e limpo para começar a nota com o caráter certo?

Agora vamos imaginar que você gravou tudo isso de novo e pôde ouvir como essa última tentativa soou. Essa combinação nova lhe deu o resultado esperado? Em outras palavras, por acaso essa combinação de ingredientes comunicou o clima ou o caráter que você queria comunicar ao seu ouvinte de forma efetiva, do jeito que você imaginou?

Poucos músicos se propõe a parar, ouvir o quê deu errado, porquê isso aconteceu, e como eles podem corrigir tal erro permanentemente.

Quantas Horas Por Dia Eu Deveria Praticar?

Você vai perceber que a prática deliberada é extremamente cansativa, dada a tremenda quantidade de energia necessária para manter toda a atenção no que se está fazendo. Praticar mais do que uma hora por dia pode ser improdutivo e provavelmente, impossível de um ponto de vista mental e emocional. Até os mais dedicados vão achar muito difícil fazê-lo por mais do que 4 horas por dia.

Estudos variaram a duração da prática diária de 1 a 8 horas e os resultados indicam que há poucos benefícios em estudar mais que 4 horas por dia, e que os ganhos costumam a cair após duas horas de estudos.Studies have varied the length of daily practice from 1 hour to 8 hours, and the results suggest that there is often little benefit from practicing more than 4 hours per day, and that gains actually begin to decline after the 2-hour mark.  A dica é manter controle do nível de concentração que você consegue manter.

5 Chaves para a Prática Eficiente

1. Duração

Limite a duração das sessões de prática de forma que consiga se manter concentrado. Esse período pode ser algo tão curto como 10-20 minutos para alunos mais novos e 45-60 minutos para os mais experientes.

2. “Timing”

Preste atenção e veja quais horas do dia você tem mais energia. Pode ser de manhã cedinho, ou logo antes do almoço, etc. Tente estudar nesses períodos naturalmente produtivos pois esses são os períodos em que você vai conseguir pensar e se concentrar melhor.

 

3. Objetivos

Tente manter um diário de prática. Anote os objetivos da sua prática e o que você descobre em suas sessões. A chave para entrar em uma “zona de concentração” quando pratica é estar constantemente engajado em ter clareza de intenção, ou seja, ter uma boa idéia do som que quer produzir ou um fraseado particular que quer tentar, ou uma articulação ou entonação específica, etc. que você gostaria de poder fazer bem.

Quando descobrir algo, anote. Quando comecei a praticar de forma mais consciente, comecei a aprender tantas coisas que se não as anotasse, esqueceria.

 

4. Faça mais esperto, e não mais vezes

Às vezes se uma passagem não sai exatamente da forma que queremos isso quer dizer que precisamos praticar mais. Outras vezes, no entanto, que não precisamos de mais prática, mas de uma estratégia ou técnica completamente diferente.

Lembro-me de sofrer com a variação pizzicato com a mão esquerda no Capricho Nº24 de Paganini. Eu estava ficando frustrado e continuava tentando mais e mais para fazer as notas soarem, mas tudo o que consegui foram dedos inchados, dos quais alguns começaram a sangrar. Percebi que deveria haver uma forma mais inteligente e efetiva de atingir meu objetivo.

Ao invés de me apegar teimosamente à uma estratégia ou técnica que não estava funcionando comigo, me forcei a parar de praticar essa seção por completo. Tentei imaginar soluções diferentes para o problema por um dia mais ou menos,  e anotei idéias para novas tentativas. Quando senti que tinha algumas soluções promissoras, comecei a experimentar. Acabei por tentar aplicar uma delas na semana seguinte e quando toquei o Capricho para meu professor, ele me perguntou como tinha feito para fazer as notas soarem com tanta clareza!

 

5. Modelo para Resolução de Problemas

Veja esse modelo de resolução de problema em seis passos resumido abaixo (adaptado de vários processos de resolução online).

  • Defina o problema (Como quero que essa nota ou frase soe?)
  • Analise o problema (O que faz com que ela soe assim?)
  • Identifique as possíveis soluções (O que mudar para que ela chegue mais perto do que quero?)
  • Teste as soluções em potencial e encontre a mais efetiva (Quais mudanças funcionam melhor?)
  • Implemente a melhor solução (Faça com que essas mudanças sejam permanentes)
  • Monitore a implementação (Essas mudanças continuam a produzir os resultados esperados?)

Ou mais simples ainda, veja esse modelo do livro de Daniel Coyle’s ,The Talent Code.

  • Escolha um Alvo
  • Tente alcançá-lo
  • Avalie a diferença entre seu alcance e a distância até o alvo
  • Volte ao passo 1.

Não importa se estamos falando de melhorar nossa técnica ou experimentar novas idéias musicais. Qualquer modelo que proponha um pensamento mais sistemático, esperto e ativo com alvos claramente articulados o ajudará a cortar horas de prática improdutiva.

Afinal, quem é que quer passar o dia inteiro na sala de estudos? Entre, faça o que tem que ser feito, e saia!

Atualização 1: Acha que isso só faz sentido para a música clássica? Fãs de jazz, vejam esse post sobre prática eficiente escrito pelo aclamado violinista de jazz Christian Howes para uma perspectiva útil e dicas para seu estilo. É engraçado, mas estivemos juntos em Suzuki lá em Columbus, quando crianças.

Atualização 2: Achei esse cuidadoso post sobre prática deliberada escrito por um astuto e jovem celista da Northwestern University.

Atualização 3: E um excelente texto provocante sobre prática deliberada para o pessoal de business e outros campos não relacionados a música (a propósito, é um ótimo blog).

PORQUÊ EU PRECISO DE UMA BOA TÉCNICA VOCAL?

Autoria de TOM BATHGATE – Tradução Rafael Barreiros

Considere esse cenário: um dia, você está cantando muito bem e no dia seguinte, você parece que não consegue repetir a mesma performance , você não lembra o que fez para que cantasse tão facilmente e com um som tão bom. Isso já aconteceu com você?

Basicamente , uma boa técnica de canto é usar bem o “equipamento” ou “instrumento” que você tem. Uma vez que você saiba como usar seu instrumento, sempre terá consistência e controle sobre sua voz para que você sempre tenha uma boa performance!

Cantando as músicas com emoção, paixão e passando por vários estilos às vezes nossas vozes podem sair fora do equilíbrio , mas aprendendo um bom balanço vocal, você vai reconhecer quando está “empurrando” ou “puxando” demais ou indo muito leve, e facilmente vai saber como reequilibrar a sua voz usando essa boa técnica de canto .

POR QUE É TÃO IMPORTANTE A TÉCNICA?

Cantores não tem trastes como guitarristas, ou teclas como pianistas . Não temos um botão de volume . Para que nós cantores possamos mudar o timbre e o volume temos que saber como encontrar e manter o equilíbrio vocal. Os problemas começam quando esse equilíbrio sai fora de controle. Desequilíbrios vocais como cantar muito soprado, com voz rouca, muito apertada, espremida ou com muita força podem contribuir desequilibrar ainda mais uma voz.

E OS DANOS VOCAIS?

Todos nós já ouvimos relatos de cantores famosos que causaram danos à sua própria voz por causa de agendas de shows muito rigorosas. Alguns precisam de cirurgia. Alguns nunca mais recuperam a voz completamente. Há alguma coisa que eles poderiam ter feito para evitar isso? Nós pensamos que sim . A resposta é uma ótima técnica vocal!

Muitos elementos podem entrar em jogo no que se refere a danificar uma voz: A agenda de shows super lotada, falta de sono, o que você come ou bebe, conversar alto em bares ou festas, baixa qualidade de monitoração (cantar com equipamento deficiente) , fumo, drogas ou medicamentos e etc. A voz é um instrumento muito delicado e precisa ser usada de forma mais saudável, mais eficiente para que tenha longevidade e resistência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

É importante saber quais são suas tendências como cantor e se os hábitos que você tem agora vão lhe causar problemas no futuro. Um professor de canto bem treinado pode ajudar você a descobrir seus hábitos e tendências vocais. Eles podem criar exercícios que irão neutralizar esses hábitos e tendências e colocara sua voz em um equilíbrio. Este tipo de treinamento vocal vai trazer bons dividendos para a sua carreira em termos de longevidade, saúde e flexibilidade como um artista.

Os professores que são certificados pelo IVA , foram exaustivamente treinados e testados para trabalhar com cantores de todos os estilos e níveis de habilidade, para construir e manter um bom equilíbrio vocal. Para encontrar um professor certificado em sua área, ou de estudo on-line via Skype , você pode procurar o nosso site http://www.vocalforadvancement.com